Aqui há umas semanas, escrevi um artigo para o blog "com regras" que partilho aqui com vocês também. Ouve-se falar muito de pais preocupados com a forma como as escolas de hoje em dia dão as matérias, dos extensos e inadequados programas que têm de ser cumpridos à risca pelos professores, da avaliação dos alunos e dos próprios docentes. Falam de escolas com métodos chamados de alternativos, criticam os métodos antigos e os docentes que a praticam. Suspiram, sonham com a escola do futuro em que as crianças são tratadas como crianças, aprendem cada uma ao seu ritmo, sabem gerir emoções e são… felizes. STOP! A felicidade não existe apenas nessas escolas. A felicidade dos vossos filhos encontra-se dentro deles e não, não precisa de morrer apenas e só por estar numa escola antiga, com métodos antigos, exigentes, inadequados, ou seja o que for. Todas as crianças e jovens podem ser felizes, realizados, motivados, criativos seja onde for, basta eles acreditarem que é possível. Basta vocês pais, acreditarem que é possível. E como é que isso se faz, quando uma criança chora porque não entende a matéria, ou porque a professora ralhou com ela porque estava a perturbar o normal funcionamento de uma sala de aula (ou simplesmente a ser criança, como diriam alguns de vós)? Não. Não é criticando o sistema, as escolas, o ensino, os professores. NÃO. É compreendendo a criança, ensinando-a a descobrir formas de lidar com as angústias, frustrações, concentração, atenção, alegria, interesse. Reparem que pela nossa vida fora, nós adultos vamos ser confrontados com situações como as que passámos nas escolas. Vamos ter chefes idiotas e prepotentes, vamos ter colegas faladores, brincalhões, companheiros, cobras e víboras. Vamos ter um emprego que adoramos (vamos fazer por isso, pelo menos) mas mesmo adorando o nosso emprego, vamos ser obrigados a fazer coisas que detestamos. Isto vai ser assim pela nossa vida fora! Então STOP! Parem de criticar o sistema, o ensino, os métodos, os professores. É óbvio que há coisas que podiam ser melhores, mas isso vai sempre haver! Não há métodos perfeitos, não há ensino ideal, não há matérias adequadas. Cada criança terá o seu ritmo, cada criança aprenderá da forma que lhe for mais adequada, cada criança chorará, rirá, brincará, ficará triste, feliz, frustrada, motivada, surpreendida, confiante, orgulhosa. E para isso não precisamos de escolas alternativas. Precisamos de pais e professores alternativos, que procuram na criança e no jovem a capacidade secreta de serem felizes em qualquer circunstância. Desafio-vos a pensarem fora da caixa, para dentro de vocês. Todos vocês têm essa capacidade dentro de vocês. A capacidade de procurar a felicidade em qualquer circunstância. E os vossos filhos, alunos, também. TODOS. E deste modo, o local onde aprendem as matérias, o sistema de ensino, será o que de menos importante. E isto é válido para TODOS. Alunos, Pais, Docentes.
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Foi há 11 anos que descobri um amor que é impossível explicar em palavras. Fui brindada em dose dupla de amor, mas não vou esconder que também passámos fases complicadas.
Aprender a amar incondicionalmente, a gerir e reconhecer emoções, aprender o significado de resilência, ir buscar montes de paciência, aguentar noites mal dormidas (ou mesmo não dormidas) e tudo o mais que vem com a maternidade, no nosso caso sempre a dobrar. Quando olho para estas fotos emociono-me e não consigo evitar deixar cair uma lágrima. Os primeiros anos foram tão intensos que, gostava de conseguir voltar atrás no tempo, apenas para poder apreciar o olhar, o riso, o cheiro da pele de bebé. Queremos que eles cresçam mas quando crescem, achamos que cresceram depressa demais. 11 anos já. 11 anos a ser mãe. Ser mãe para mim foi sem duvida um ponto de viragem. Há 11 anos que me questiono acerca de qual o meu papel no mundo. Qual o meu propósito. Que legado quero deixar aos meus filhos. O ano passado percebi que o que mais quero é que eles percebam o significado de não desistir, de lutar por aquilo que acreditam e que consigam no futuro ser o melhor que conseguirem, fazendo aquilo que mais gostam. Assim encontrarão a felicidade. Acredito agora que se quisermos, podemos ser quem quisermos. O caminho por vezes (quase nunca) não é fácil, tem obstáculos, pedregulhos, precipícios e animais ferozes, mas cabe-nos a nós, ultrapassar esses obstáculos e continuar rumo ao nosso sucesso. E eu estarei aqui para os ajudar nesse caminho, como companheira, como mãe, como um ombro amigo, como mentora. Mas o caminho vai ser o deles, o que escolherem e podem caminhar da forma como bem entenderem. 11 anos já. 11 anos a ser mãe. 11 anos a dar o melhor de mim como mãe. Adoro-vos meus filhos. Vocês são sem duvida, o melhor de mim. |
AutorRita Silva Cardoso Histórico
Abril 2023
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